sábado, 22 de junho de 2013

A morte de zumbi.


   Durante as invasões holandesas, muitas famílias abandonaram suas fazendas e engenhos, a fim de não caírem nas mãos dos batavos. Aproveitando-se dessa situação, os negros escravos fugiram para as florestas onde formaram grandes núcleos de foragidos, chamando quilombos.
   O mais famoso dos quilombos foi o que se organizou na serra da Barriga, em Alagoas. Tinha o nome de Palmares., devido às palmeiras que existiam na região. Esse quilombo constituía uma verdadeira nação. Era formado por cerca de dez mil negros, distribuídos por diversas vilas. Eram vários quilombos organizados sob a forma de reino.
   O primeiro rei dos negros chamava-se Gangazuma. Morava num palácio (musumba), cercado de parentes, ministros e cortesões. Tinha sob seu comando um verdadeiro exército.
   Com a morte de Gangazuma, tornou-se rei dos quilombos Zumbi um negro inteligente e corajoso, sob cuja direção os habitantes de Palmares muito progrediram. Os negros começaram então a cultivar a terra e a criar gado. Todos trabalhavam. Havia disciplina, ordem, leis. O sonho de Zumbi era fundar, no Brasil, um império dirigido por negros.
   Foram enviadas pelo governo várias expedições para destruir os quilombos. Mas todas foram infrutíferas, inclusive a de Manuel Lopes Galvão e Fernão Carrilho. Durante 50 anos, os habitantes de Palmares resistiram aos ataques dos brancos.
   Resolveu, então o governo de Pernambuco contratar Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista, para destruir o reduto dos negros. Depois de três anos de luta à frente de um exército de mil homens, Domingos Jorge Velho conseguiu aniquilar a capital fortificada dos palmares.
   Zumbi não quis entregar-se. Quando viu que estava derrotado, subiu ao alto da montanha e atirou-se num despenhadeiro. Seus generais o acompanharam num gesto de suprema fidelidade. Todos preferiram morrer na liberdade a viver na escravidão. E, assim , acabou-se, para sempre, a nação negra dos Palmares.

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